segunda-feira, 17 de maio de 2010

Por que questões locais têm impacto global?

Por Dalton L. C. de Almeida

Não é raro ouvir de “inocentes desinformados” ou de pessoas “sem uma visão de mundo mais ampla” a defesa de que cada país deve fazer o que bem entender. E quando se tem em pauta de discussão países do Oriente Médio, que eles “se resolvam por conta”, “da forma que acharem melhor”, e “ninguém tem nada haver com isso”.

Ouvir tais barbaridades de um “Zé ninguém” que entende tanto de política quanto a ciência de entender os “porquês” das coisas, já é algo incômodo e torna-se ainda mais, quando o "Zé" comanda o Itamaraty.

A política diplomática brasileira, oficiosamente, tem trabalhado sobre o tripé “Relacionamento sem preconceitos”, “não interferência em assuntos internos de outros países” e “respeito à diversidade político-democrática das mais diversas organizações governamentais independentemente de serem democráticas ou humanistas”.

Naturalmente que se tratando de uma diplomacia internacional a serviço de um governo petista, que se alia despudoradamente a terroristas das Farc, via Fórum de São Paulo, ela seria apenas oficiosa, ou em miúdos, só respeitará seus próprios preceitos quando, e se, interessarem na estratégia de manutenção de poder e de propaganda.

Com está lógica, “nosso querido”, Celso Amorim viaja o mundo travando relações amistosas com a escória política do planeta. Ditaduras, pseudo-democracias e pseudo-democracias religiosas.
O caso do Irã é o, atualmente, mais relevante e o exemplar de como a atuação do Brasil foi capaz de retardar um movimento de pressão internacional, neste momento, contra a continuidade do processo de enriquecimento de urânio e do programa nuclear iraniano.

Como era de esperar, o governo brasileiro “pacifista” (lembre-se da quase guerra civil em Honduras instigada por “nós” Tupiniquins) levantou a bandeira internacional da tolerância, do “dar mais tempo e espaço para negociações” e da “livre determinação dos povos”. No caso do povo iraniano, da liberdade de este desenvolver um programa nuclear com fins pacíficos.
Naturalmente que nenhuma potência mundial dedicaria seu tempo a atrapalhar o desenvolvimento técnico e científico de um país, pelo simples prazer de incomodar. Por esta óbvia questão de bom senso, dá para perceber, que Irã só foi e está sendo pressionado, pois não é digno de confiança. E porque não? Talvez o fato de ser um país comandado por um “presidente” patrocinador do terrorismo, negador do holocausto, defensor do fim de outra nação soberana e eleito por meio de eleições amplamente consideradas fajutas e que nas “horas vagas” reprime o povo com o exército, ajude. Mas nunca se sabe, vai ver os EUA e a Europa não consigam engolir os ternos mal cortados, a barba mal-feita e a cara-de-pau sempre presente.

Voltando aos “Zés”, este digno exemplar da coqueluche do pensamento filosófico brasileiro, por não entender de política, da mesma forma que não entende de mais nada, exceto futebol(que todo brasileiro por definição é entendedor), não compreende que “deixar que eles se resolvam” em tempos de alta tecnologia, significa permitir que doidos como Mahmoud Ahmadinejad, desenvolvam bombas nucleares e ataquem países democráticos e de ótimo IDH como Israel. Motivado por politicagens externas, interesses anti-semitas e demonstração de seu poder aos vizinhos quiçá aos EUA.

O que os “Zés” não imaginam é que uma busca simples na internet e/ou em uma enciclopédia, pode mostrar os impactos de uma só ogiva nuclear a médio e longo prazo.
Na história humana os únicos exemplos de utilização militar de armamento nuclear são Hiroshima e Nagasaki . Mas catástrofes locais podem e em geral se estendem para muito além da área atingida.

Para azar do Zé, se os Iranianos e Israelenses resolverem seus problemas na base de cogumelos atômicos, não fará só mal a eles, fará mal ao próprio Zé, que será exposto à radiação das partículas carregadas pelo vento e, provavelmente, apreciará o escurecimento da atmosfera, advinda da fumaça das explosões e queima de cidades inteiras.

Veja o vídeo a seguir e conheça o que é um pós-ataque nuclear:

Brasil como um provedor de oxigênio mais do que desnecessário

Por Dalton L. C. de Almeida




















Quem já teve a oportunidade de assistir a um filme de ação, provavelmente, já apreciou a cena, clichê, em que um disparo de pistola/revólver atinge um tanque de combustível cheio e este explode. O que a maioria não sabe é que nenhum líquido ou sólido possui a propriedade de pegar fogo, sendo esta uma característica exclusiva dos gases e, apenas, quando estes estão em contato com oxigênio. Desta forma, uma bala só explodiria um tanque se atingisse o gás de combustível e, ainda, criasse alguma fagulha. Nos casos apresentados na maioria dos filmes, o resultado seria um vazamento, nada mais.

Na diplomacia internacional a dinâmica explosiva não funciona de modo diferente. Em uma metáfora livre, sendo o combustível os interesses, a fagulha a oportunidade e o oxigênio as condições, o Brasil, no atual contexto da disputa nuclear envolvendo o Irã, apresenta-se como um imenso suprimento de oxigênio, leia-se tempo, para um tanque repleto da mistura de anti-semitismo, desrespeito à democracia, extremismo religioso e patrocínio a terroristas. E que já tem como potencialmente ativa explosões nucleares locais tem alcance mundial .