quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Meus pensamentos politicamente incorretos em axiomas

Por Gutierres Siqueira

“O Brasil não é um país sério”, frase do ex-presidente francês Charles de Gaulle. “O Brasil é o país do futuro”, frase do escritor austríaco Stefan Zweig. O nosso país tem a plena capacidade de transitar entre as duas frases.

Já estão fazendo a campanha: “Vamos acabar com os homens para preservar o meio ambiente”!

Não existe nada mais cafona do que um europeu dançando samba ao lado de uma mulata seminua. Ele deve pensar: “Ah, Brasil, o grande prostíbulo do mundo. Que alegria”!

É patético ver membros da classe média reclamando da violência, enquanto seus filhos consomem a maconha que alimenta o tráfico nas favelas.

Funk é subcultura. Sim, subcultura existe. É aquilo que rebaixa o humano na categoria de animal. No caso do funk, o animal é sexualmente faminto e violento.

O atraso no Brasil é chamado de “progressismo”. Os “progressistas” analisam o mundo segundo os óculos sociais do século XIX. Quem ousa discordar é um reacionário.

Os ultranacionalistas, adeptos do antiamericanismo bocó, querem abolir as palavras inglesas da nossa língua. Por que, então, não abolem as palavras “dama”, “madame”, “moda” que são derivadas do francês? Por que, então, não abolem a palavra italiana “pizza” do nosso vocabulário?

Antigamente, quando um aluno recebia nota fraca, logo recebia uma correção dos pais. Hoje, quando a aluno vai mal, a culpa é do professor. Ainda por cima, o pai vai ameaçar a escola e o docente.

Os pacifistas não suportam a ideia que a guerra pode conduzir para a paz. Talvez eles negociassem com Hitler, e ele se convenceria. Ou não?

Cotas para negros e índios é uma forma de segregação. Quem acredita em cotas, acredita em raças. Ora, raças não existem. Raça é uma invenção dos racistas.

A África precisa de democracia e livre comércio. A África não necessita das lamentações daqueles que tentam justificar a barbárie na luta anti-imperialista.

O capitalismo é um demônio para as tropas esquerdistas. O capitalismo de Estado, braço financeiro do totalitarismo, é louvado e adorado.

O bom senso está em extinção. Quantas vezes ouviremos música alta que não pedimos para ouvir?

Movimento social é outro nome para organizações burocráticas, personalistas, corruptas e de tendências autoritárias. Dizem representar o povo, mas na verdade representam interesses de uma “elite” sanguessuga.

Não vai demorar muito para que os corretores políticos proíbam o Natal para não ofender as outras religiões.

sábado, 19 de dezembro de 2009

Lula e os ditadores

Por Gutierres Siqueira


Leia reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, na edição desse sábado. Comento no final.

Brasil se abstém de votar contra Irã e Coreia

Adriana Carranca

A Assembleia-Geral das Nações Unidas aprovou ontem duas resoluções contra a violação de direitos humanos no Irã e na Coreia do Norte. Em ambas, o Brasil se absteve, sob o argumento de dar prioridade ao diálogo e cooperação à pressão sobre os países. Com projeção cada vez maior no exterior e prestes a assumir, em 2010, uma vaga rotativa no Conselho de Segurança da ONU, o Brasil está na mira dos países democráticos e entidades internacionais.

Eles exigem uma posição mais firme do presidente Luiz Inácio Lula da Silva contra a tortura, prisões arbitrárias, execuções extrajudiciais e a falta de liberdade e Justiça da qual Irã e Coreia do Norte são acusados. "As abstenções são inaceitáveis. Mostram a tendência cada vez mais clara de que o Brasil não quer se posicionar sobre a violação dos direitos humanos em países específicos", diz a coordenadora de relações internacionais da organização Conectas Direitos Humanos, Lucia Nader.

No discurso, o Brasil reconhece as violações, mas prefere levar o debate para o Conselho de Direitos Humanos (CDH). "Temos privilegiado a revisão periódica dos países no CDH", disse ao Estado um a fonte do Itamaraty em Brasília. Esse ano, porém, o Brasil também se absteve de votar em uma resolução do CDH sobre violações na Coreia do Norte.

As acusações contra o Irã referem-se, principalmente, ao período após as eleições presidenciais, em junho, em que o presidente Mahmoud Ahmadinejad conseguiu um segundo mandato. Partidários do reformista Mir-Hossein Mousavi foram às ruas protestar contra possíveis fraudes. O governo respondeu com prisões sem julgamento, perseguição aos meios de comunicação e detenção de funcionários de embaixadas, segundo o texto da resolução a ONU.

O documento cita a condenação de menores de 18 anos à pena de morte e a perseguição de ativistas, jornalistas e advogados como violações permanentes no Irã e refere-se à minoria Baha"i, que teve sete líderes presos entre março e maio de 2008. "Aceitamos a soberania dos países, mas os direitos humanos não podem ser relativizados", diz Flávio Rassekh, representante da fé Baha"i em São Paulo.

A votação de uma terceira resolução, contra Mianmar (ex-Birmânia), prevista para ontem foi adiada. A tendência é a de que o Brasil se abstenha de novo, mantendo seu voto na comissão da ONU onde as resoluções foram aprovadas antes de levadas à Assembleia-Geral. A polêmica política de abstenção do Brasil deu-se em votações anteriores sobre violações de direitos humanos na Bielo-Rússia, Chechênia, China, Congo, Sri Lanka e Sudão.

Comentário:

Os fundadores do Partido dos Trabalhadores (PT) nunca amaram a democracia. Eles a usam para solapá-la. Não é à toa que o presidente Lula e os seus diplomatas apoiam as piores ditaduras do mundo.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Cenário incompleto tira elegância de retrospectiva de Woody Allen


Por Dalton L. C. de Almeida

O Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) está encravado no centro velho de São Paulo em um prédio de porte respeitável e de arquitetura híbrida que comporta estilos como rococó, greco-romano, clássico, vitoriano e francês. Durante o fim de semana de 28 e 29 de novembro, a retorpectiva "A Elegância de Woody Allen"contou com um público maior e ingressos mais concorridos, mas durante a semana o Centro Cultural apresentou uma procura média de ingressos e nas tardes dos dias úteis uma lotação parcial da sala de exibição.
Não há do que reclamar na estrutura do CCBB à primeira vista - amplo, bem iluminado e resfriado por um potente sistema de ar condicionado -, o local é um agradável oásis de conforto em meio a uma cidade que nas últimas semanas de novembro e dezembro vem sendo castigada por altas temperaturas e fortes chuvas. O atendimento também agrada: os funcionários são educados e eficientes. Os pontos negativos são os resquícios da desmontagem da última exposição, sujeitando o público a desagradáveis cheiros de tinta nova e uma visão nada artística de plásticos-bolha, fitas e escadas.

Embora os horários de exibição dos filmes da mostra sejam respeitados com rigor (e ninguém entra depois de a sessão começar), no primeiro andar, onde se encontra a sala de projeção, a fila para entrada é organizada em um corredor junto ao vão central do prédio, em que os interessados em bons lugares precisam aguardar de pé, expostos ao mau cheiro da tinta.
As condições do cinema - cadeiras, qualidade de imagem e som, isolamento sonoro e temperatura - são irrepreensíveis e confortáveis, desde que o telespectador não tenha mais de 1m70 de altura, pois o espaçamento entre as fileiras de cadeiras, embora não seja pequeno é com certeza desconfortável para pernas levemente mais longas que a média nacional.
Pouco antes da exibição do filme, em todas as sessões, um funcionário do CCBB, de forma educada e robótica avisa, os presentes a respeito das oficinas sobre Woody Allen organizadas para o mês de dezembro e sobre a possibilidade da troca de cinco ingressos de sessões distintas da mostra por um livro sobre o cineasta. Um brinde de ótima qualidade e bom gosto, por sinal.

Em geral a estrutura do CCBB para exibições é suficiente, deixando apenas a desejar no quesito "extras", sendo que estes poderiam ser desde uma pequena mostra fotográfica a painéis com mais informações a respeito do cineasta.

Importante ressaltar que a estrutura que será apresentada em dezembro com o inicio das oficinas a respeito do cineasta provavelmente será melhor, mas é claramente desagradável ao público a impressão de ir a uma exposição cinematográfica que parece um "tapa buraco" no cronograma do Centro Cultural. Isso pode influenciar negativamente a opinião geral sobre a visita, o que não é justo com a obra cinematográfica de Woody Allen, que em si já conta com variações de complexidade e temática suficientes para dificultar a um público leigo a definição de um posicionamento de apreço ou não.No geral até o momento a retrospectiva se mostra mediana em questões de infraestrutura.

Serviço:

Centro Cultural Banco do Brasil – São Paulo
De 18 de novembro a 13 de dezembro de 2009
Rua Álvares Penteado, 112, Centro Ingresso: R$ 4 e R$ 2 (meia entrada)
Telefone: (11) 3113-3651 / 3113-3652